José Maria Neves presta tributo a Amílcar Cabral e ao povo guineense
Bafatá - O
primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, homenageou hoje
Amílcar Cabral na cidade de Bafatá, Guiné-Bissau, um tributo também aos
guineenses, com os quais os cabo-verdianos têm "uma grande dívida".
"Nós os cabo-verdianos temos uma dívida muito grande para com o povo da Guiné-Bissau. Aqui fez-se a luta pela libertação da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, muitos guineenses deram a sua própria vida, fizeram um esforço enorme para a libertação da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, e nós os cabo-verdianos devemos permanentemente prestar este tributo à Guiné-Bissau e ao povo da Guiné-Bissau", disse.
"Nós os cabo-verdianos temos uma dívida muito grande para com o povo da Guiné-Bissau. Aqui fez-se a luta pela libertação da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, muitos guineenses deram a sua própria vida, fizeram um esforço enorme para a libertação da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, e nós os cabo-verdianos devemos permanentemente prestar este tributo à Guiné-Bissau e ao povo da Guiné-Bissau", disse.
José
Maria Neves, que chegou sábado a Bissau para uma visita de cinco dias,
dedicou hoje o dia a Bafatá, terra onde nasceu Amílcar Cabral, que
fundou o PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo
Verde) e iniciou a luta contra a colonização portuguesa.
Em
Bafatá colocou flores no monumento a Amílcar Cabral que existe no
centro da cidade e visitou depois, sempre acompanhado pelo
primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, a casa onde
nasceu o herói dos dois países, hoje transformada em museu.
Foi lá que afirmou que visitar a cidade e a casa onde nasceu Amílcar Cabral foi emocionante.
"Sobretudo
porque Amílcar Cabral tem sido a nossa inspiração, para continuarmos a
lutar pela liberdade e pela dignidade mas também inspiração para
continuarmos a governar o país com muita honestidade", disse José Maria
Neves.
"Mas também muito
inspirador para o futuro de África. Amílcar Cabral lutou muito pela
dignidade de África, hoje mais do que nunca nós, governantes africanos,
temos de nos inspirar em Amílcar Cabral para construir o futuro",
acrescentou o primeiro-ministro.
A
Guiné-Bissau e Cabo Verde caminharam juntos até 1980, quando um golpe de
Estado afastou Luís Cabral do poder em 1980 e o PAIGC da Guiné-Bissau
desvinculou-se do PAIGC de Cabo Verde.
Há
dois anos o primeiro-ministro da Guiné-Bissau visitou Cabo Verde e
desde sábado o primeiro-ministro de Cabo Verde está na Guiné-Bissau.
José Maria Neves, questionado pela Lusa, garantiu que os dois países
nunca estiveram "irreconciliados".
"Houve várias questões em vários momentos, durante a luta e depois da luta de libertação nacional, mas a Guiné-Bissau e Cabo Verde sempre estiveram irmanados em África, para melhorar a dignidade do povo africano, para colocarmos tudo o que existe em África ao serviço dos africanos", disse José Maria Neves.
Por: Lusa